[Resenha] O Refúgio do Marquês - Lucy Vargas

Título: O Refúgio do Marquês
Autor(a): Lucy Vargas
Editora: Charme
Páginas: 310
Ano de Publicação: 2015

Henrik e Caroline não poderiam ser mais diferentes. Ele, o Marquês de Bridington, é um homem selvagem e inapropriado, que vive há anos no campo, fugindo dos fantasmas do seu passado obscuro e repleto de segredos. Ela, Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma jovem destemida, com um passado doloroso, que recebe a missão de reformar a mansão e talvez o marquês, ao menos é o que a marquesa viúva espera. Ele é um caso perdido. Ela é uma mulher com um futuro incerto. Mas juntos, eles se completam e acendem a chama da paixão, que ambos acreditavam estar completamente extinguida, trazendo à tona segredos e temores que ambos escondem. Se reerguer sob o peso do passado será uma batalha que ultrapassará os limites do refúgio que o marquês pensa ter construído, mas será que o amor é capaz de ultrapassar tantas barreiras e vencer, ou eles perderão tudo outra vez?

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O Refúgio do Marquês é um romance de época nacional que eu desejava fazer a leitura há muito tempo. Quem acompanha o Blog sabe que adoro ler obras nacionais e sendo desse gênero tão amado por mim, só instiga ainda mais o meu interesse. Li apenas comentários positivos acerca do trabalho da autora e, para minha alegria, pude comprovar que a Lucy Vargas é realmente muito talentosa e sem dúvidas já me conquistou para o seu grupo de leitoras(es).

Em O Refúgio do Marquês, somos apresentados a Caroline Mooren, uma jovem Baronesa viúva, que é convidada por uma prima distante para organizar a mansão do seu filho, o Marquês de Bridington. Na verdade, o que lhe é conferido é mais uma missão, pois ela terá de reformar uma casa que parece abandonada e sem vida, assim como o seu dono, um homem recluso e com hábitos bem diferentes do esperado de uma pessoa na sua posição. 

Henrik, o Marquês, vive longe dos círculos sociais. Há muitos anos dedica-se apenas a sua propriedade e às necessidades de seus arrendatários. Ele não se importa de fazer trabalhos braçais e, literalmente, sujar as mãos. Sua aparência possui um ar selvagem, a pele é bronzeada, em decorrência das várias horas que passa exposto ao sol, os cabelos são bem maiores do que dita a moda da época e seus modos não são refinados, diferentemente dos outros nobres ingleses, sempre em suas roupas impecáveis e trejeitos elegantes. Logo no início da leitura, ficamos sabendo que o Marquês é casado e tem uma filha, a qual ama muito. Em contrapartida, a convivência com a esposa é um tormento, pois ela se recusa a sair do quarto, tem ataques histéricos e é extremamente difícil de lidar.  


É esse o cenário que Caroline encontra ao chegar à casa do Marquês: Uma mansão sombria e mal cuidada e um homem rústico e solitário, que parece carregar o peso do mundo nas costas. Ao longo da história vamos acompanhando como a mocinha irá modificar não somente a casa, mas também muitos daqueles que vivem nela.

Os personagens construídos pela autora são adoráveis! A Caroline é uma protagonista que possui as suas mágoas, mas que não se deixa abater pelas circunstâncias atuais em que se encontra. Ela é uma pessoa direta, mesmo de forma educada, dá sua opinião de forma clara e sem rodeios, essa característica de sua personalidade, muitas vezes, rende momentos hilários, em especial, nos diálogos dela com o Marquês. O Henrik é um mocinho diferente dos que estou acostumada a encontrar nos livros do gênero. Sua aparência selvagem não é vista por ele como algo sedutor, o mesmo se veste apenas como é mais confortável para a realização de suas atividades e não percebe como seu jeito rústico pode ser interessante. Ele não é um libertino, nem um nobre esnobe, é apenas um homem de semblante triste, pois carrega um segredo que o atormenta e acredita que nunca mais poderá ser feliz. Mesmo assim, o Marquês é um mocinho cativante, principalmente, quando Caroline começa a despertar nele sensações há muito esquecidas.

“Agora, você é o meu refúgio e sem dúvida o mais belo. ” (p.269)

O romance desenvolvido na trama não é algo instantâneo, estilo “te vi, já te amo”. Existe uma longa caminhada até o amor começar a ser desbravado pelos protagonistas. O sentimento que nasce entre eles é muito bonito, especialmente, por ser construído aos poucos, o que torna algo crível para o leitor. O envolvimento de ambos se dá de modo tão singelo e natural, que é encantador.

A narrativa da Lucy nos prende às páginas de um livro muito bem escrito, a leitura foi extremamente prazerosa e entrou, com certeza, para a minha lista de romances de época nacionais preferidos ♥


Sobre a série:


O Refúgio do Marquês é o primeiro volume da Série Os Preston, que já conta com o segundo livro, Uma Dama Imperfeita.

♥♥♥

Mais um item do #DesafioHistóricoseEu cumprido!

-Ler um romance histórico que seja o primeiro de uma série ;-)

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